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ESDE — Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita — Programa Fundamental

Módulo VIII — Lei Divina ou Natural

Roteiro 1


Lei natural: definição e caracteres


Objetivo Geral: Propiciar entendimento da lei divina ou natural.

Objetivos Específicos: Definir lei natural. — Identificar as características fundamentais da lei natural. — Citar a classificação da lei natural, segundo a Codificação Espírita.



CONTEÚDO BÁSICO


  • A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 614.

  • A Lei Natural tem como características ser eterna e imutável como o próprio Deus. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 615.

  • Todas as leis da […] Natureza são leis divinas, pois que Deus é o autor de tudo. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 617.

  • Entre as leis divinas, umas regulam o movimento e as relações da matéria bruta: as leis físicas, cujo estudo pertence ao domínio da Ciência. As outras dizem respeito especialmente ao homem considerado em si mesmo e nas suas relações com Deus e com seus semelhantes. Contêm as regras da vida do corpo, bem como as da vida da alma: são as leis morais. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 617 - comentário.




SUGESTÕES DIDÁTICAS


Introdução:

  • Introduzir o tema da reunião, transmitindo aos participantes informações gerais sobre a definição e as características fundamentais da lei natural.


Desenvolvimento:

  • Em seguida, dividir a turma em pequenos grupos, orientando-os na realização das seguintes atividades:

    a) Leitura dos Subsídios deste roteiro;

    b) Troca de opiniões sobre o assunto;

    c) Seleção, no texto lido, de ideias relacionadas à definição, às características e à classificação da lei natural;

    d) Transcrição das ideias selecionadas para um formulário, entregue pelo monitor pós a conclusão da etapa «c» (veja anexo 1);

    e) Indicação de um representante para relatar, em plenário, as ideias selecionadas pelo grupo.

  • Solicitar aos relatores que apresentem os resultados do trabalho, evitando repetir informações anteriormente prestadas pelos demais representantes dos grupos.

  • Fazer, se necessário, alguns ajustes nas conclusões apresentadas.


Conclusão:

  • Apresentar, então, em cartaz ou projeção, o formulário (anexo 1) corretamente preenchido para que os participantes o compare com as suas respostas.


Avaliação:

  • O estudo será considerado satisfatório se os participantes souberem selecionar corretamente, nos subsídios, as ideias referentes à definição, características e classificação da Lei Divina.

Atividade extraclasse para a próxima reunião de estudo:

  • Solicitar aos participantes leitura do texto A luta contra o mal, do Espírito Humberto de Campos (anexo 2), e a realização do exercício proposto.


Técnica(s):

  • Exposição; trabalho em pequenos grupos.


Recurso(s):

  • Subsídios do roteiro; formulário de Compreensão da Lei Divina ou Natural; cartaz ou projeção.



 

SUBSÍDIOS


A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta. (3) São características fundamentais da lei de Deus: a eternidade e a imutabilidade, atributos do próprio Deus, que a criou. (4)

Todas as leis […] da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o autor de tudo. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda e pratica as da alma. (5) Entre as leis divinas, umas regulam o movimento e as relações da matéria bruta: as leis físicas, cujo estudo pertence ao domínio da Ciência. As outras dizem respeito especialmente ao homem considerado em si mesmo e nas suas relações com Deus e com seus semelhantes. Contêm as regras da vida do corpo, bem como as da vida da alma: são as leis morais. (6)

A lei de Deus está escrita na consciência. (8) Em razão disto, todos […] podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Os homens de bem e os que se decidem a investigá-la são os que melhor a compreendem. Todos, entretanto, a compreenderão um dia, porquanto forçoso é que o progresso se efetue. (7)

A lei de Deus é continuamente revelada aos homens, não obstante estar ela escrita na consciência, porque é passível de ser esquecida e desprezada pelo ser humano. Quis, assim, Deus que ela fosse sempre lembrada. (9) […] Em todos os tempos houve homens que tiveram essa missão. São Espíritos superiores, que encarnam com o fim de fazer progredir a Humanidade. (10)

Esses missionários, porém, quando encarnados podem ser influenciados pela vida no plano físico e, cometendo enganos, induzem a Humanidade a se transviar por princípios falsos. Isso aconteceu com […] aqueles que não eram inspirados por Deus e que, por ambição, tomaram sobre si um encargo que lhes não fora cometido. Todavia, como eram, afinal, homens de gênio, mesmo entre os erros que ensinaram, grandes verdades muitas vezes se encontram. (11)

O amor ao próximo, ensinado por Jesus, é um preceito que resume a lei de Deus.

Certamente esse preceito encerra todos os deveres dos homens uns para com os outros. Cumpre, porém, se lhes mostre a aplicação que comporta, do contrário deixarão de cumpri-lo, como o fazem presentemente. Demais, a lei natural abrange todas as circunstâncias da vida e esse preceito compreende só uma parte da lei. Aos homens são necessárias regras precisas; os preceitos gerais e muito vagos deixam grande número de portas abertas à interpretação. (12)

Para que seja mais bem explicitada, a lei natural pode se dividida […] em dez partes, compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade […]. n

Essa divisão da lei de Deus em dez partes é a de Moisés e de natureza a abranger todas as circunstâncias da vida, o que é essencial. Podes, pois, adotá-la, sem que, por isso, tenha qualquer coisa de absoluta, como não o tem nenhum dos outros sistemas de classificação, que todos dependem do prisma pelo qual se considere o que quer que seja. A última lei é a mais importante, por ser a que faculta ao homem adiantar se mais na vida espiritual, visto que resume todas as outras. (13)

A vivência da lei de Deus conduz o homem ao bem. E o […] verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade na sua maior pureza. (1) Por extensão, reconhece-se […] o verdadeiro espírita pela sua transformação e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. (2)

Dessa forma, tanto […] quanto podemos perceber o Pensamento Divino, imanente em todos os seres e em todas as coisas, o Criador se manifesta a nós outros — criaturas conscientes, mas imperfeitas — através de leis que Lhe expressam os objetivos no rumo do Bem Supremo. (14)

Lembremo-nos, pois, de que no concerto admirável da Criação, somente será possível regenerar e burilar a nós mesmos para que a vida imperecível em nós se retrate vitoriosa, mas não nos esqueçamos de que, apesar da grandeza cósmica, nosso desequilíbrio no mal pode comprometer todo o sistema em que as Leis Divinas se expressam, através do trono sublime da natureza […]. (15)



 

ANEXO 1


EXERCÍCIO DE COMPREENSÃO DA LEI DIVINA OU NATURAL

CONCEITO

CARACTERÍSTICAS

CLASSIFICAÇÃO



 











 

ANEXO 2


ATIVIDADE EXTRACLASSE: LEITURA DE TEXTO E EXERCÍCIO

A LUTA CONTRA O MAL

(Humberto de Campos)



 

ANEXO 3




Referências Bibliográficas:

1. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 124. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 17, item 3, p. 272.

2. Idem - Item 4, p. 276.

3. Idem - O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 86. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005, questão 614, p. 305.

4. Idem - Questão 615, p. 305.

5. Id. - Questão 617, p. 306.

6. Id. - Questão 617a, p. 306

7. Id. - Questão 619, p. 306.

8. Id. - Questão 621, p. 307.

9. Id. - Questão 621a, p. 307.

10. Id. - Questão 622, p. 307.

11. Id. - Questão 623, p. 307.

12. Id. - Questão 647, p. 314.

13. Id. - Questão 648, p. 315.

14. XAVIER, Francisco Cândido. Justiça Divina. Pelo Espírito Emmanuel. 11. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. (Nas leis do Destino), p. 119-120.

15. Idem - Inspiração. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. São Bernardo do Campo: Grupo Espírita Emmanuel, 1978. (Diante do Universo), p. 72-73.

Nota:

16. Essas leis serão estudadas nos módulos subsequentes.


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